Foi um ano de emoções a flor da pele.
Menos razão, mais coração.
Menos perfeição, mais aceitação.
Mais eu mesma, de novo, em paz comigo.
Um ano como qualquer outro,
Mas eu sendo eu mesma.
Um ano diferente dos outros,
Agora eu estrangeira em minha própria terra.
Um ano de celebrações,
E para além das dificuldades, a experiência da gratidão.
Um ano de reencontro
Com a minha capacidade de amar e recomeçar sempre.
Desafios, perdas, medo, lágrimas.
Encontros, abraços, sorrisos, descobertas.
Conquistas, alegria, desprendimento, caridade.
Perseverança, serviço, humildade, fé.
E amor.
Muito amor...
Valeu!
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UMA PAUSA NA RAZÃO E MEU DESCANSO NA LOUCURA
sábado, 31 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Amores maduros
"Em última análise, precisamos amar para não adoecer."*
Quando reeditamos as dores do passado elas podem ser superadas, se damos outro significado às nossas trocas afetivas na vida adulta. Como não somos mais a criança frágil e dependente, e é fundamental lembrar isso sempre, o amor pode passar de algo incerto na mão do outro a uma condição escolhida, na medida em que me disponho a oferecê-lo sem garantias de retribuição. E faço isso partindo do princípio de que já o possuo por mim, em minha essência. É o amor próprio construído ao longo da minha existência, e que posso compartilhar.
O êxtase dessa experiência... o amor correspondido.
Quando acontece, nos fortalece para a vida!
Afinal, "como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!"*
O êxtase dessa experiência... o amor correspondido.
Quando acontece, nos fortalece para a vida!
Afinal, "como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!"*
* Freud
sábado, 17 de dezembro de 2011
Rendição
Por algum tempo o que fizeram foi disputar a razão
e buscar em vão a ponta do nó para desfazê-lo.
e buscar em vão a ponta do nó para desfazê-lo.
Falavam em tocar a música em outro tom, achar
a rima perfeita que melhor completasse o verso.
a rima perfeita que melhor completasse o verso.
Como se um dos dois pudesse alterar
o curso das águas em que estavam imersos.
Sem saber que não era ele e nem ela,
mas o amor quem estava certo.
E quando deram conta não houve outra saída
a não ser corresponder ao apelo da vida.
E quando deram conta não houve outra saída
a não ser corresponder ao apelo da vida.
Coisas do coração.
Experiência de rendição.
.
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Dois
Somos dois mesmo quando somos um,
E somos mais e melhores quando
Capazes de, diferenciadamente,
Eu ser eu ao lado teu,
E você ser você,
Sem deixar de ser meu.
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E somos mais e melhores quando
Capazes de, diferenciadamente,
Eu ser eu ao lado teu,
E você ser você,
Sem deixar de ser meu.
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domingo, 27 de novembro de 2011
A falta
Sinto sua falta.
Falta da presença, do corpo, da voz.
Mas muito mais falta daquele olhar
que você tinha me dado de presente
ao ver em mim o que de melhor eu tenho.
Sinto falta de me permitir a entrega
e de não ter vergonha de dizer o que sinto
nem receio ou medo de qual será sua reação,
mesmo quando eu penso diferente em qualquer situação.
Sinto falta de ter brigado pra valer quando senti raiva,
quando me senti abandonada,
quando não concordava, ao invés de apenas
dizer pouco ou quase nada sobre meus temores.
Mas muito mais falta daquele olhar
que você tinha me dado de presente
ao ver em mim o que de melhor eu tenho.
Sinto falta de me permitir a entrega
e de não ter vergonha de dizer o que sinto
nem receio ou medo de qual será sua reação,
mesmo quando eu penso diferente em qualquer situação.
Sinto falta de ter brigado pra valer quando senti raiva,
quando me senti abandonada,
quando não concordava, ao invés de apenas
dizer pouco ou quase nada sobre meus temores.
Sinto falta de conseguir ser eu mesma de novo,
desde que decidi por conta própria
que isto não estava sendo bom para você,
e que por isso eu deveria deixar de ser.
desde que decidi por conta própria
que isto não estava sendo bom para você,
e que por isso eu deveria deixar de ser.
Sinto falta de encontrar uma forma
de voltar a te arrancar sorrisos,
porque para mim se não for assim
não terá mais sentido.
de voltar a te arrancar sorrisos,
porque para mim se não for assim
não terá mais sentido.
Sinto falta de você e de mim,
do "nós" que estávamos construindo,
e dos nós que foram nos unindo, amarrando um ao outro
com laços de cuidado, verdade, cumplicidade e amor.
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do "nós" que estávamos construindo,
e dos nós que foram nos unindo, amarrando um ao outro
com laços de cuidado, verdade, cumplicidade e amor.
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011
O fim que não aconteceu
Era para ser o fim.
Era dia de despedida.
Era para acabar o que só começou
antes de amadurecer e virar realmente...amor.
Mas esqueceram-se de quão surpreendente
costuma ser não o amor, mas a vida.
De repente a lucidez e então a certeza
de que haviam outras coisas precisando acabar.
Não a relação, o afeto, a entrega.
Mas a submissão, o esquecimento de quem se é,
o abandono do que se acredita ser essencial
e que por pouco quase se perdeu:
a fidelidade ao que move o ser,
a perseverança aos ideais que alimentam as tentativas,
o respeito a si mesmo em primeiro lugar.
Na tentativa de atender as expectativas alheias,
havia se instalado silenciosamente
a renúncia aos princípios construídos
nas aprendizagens anteriores,
nas relações vividas, por diversas vezes sofridas,
exigindo concessões desnecessárias.
Aprendizagem de que é preciso encontrar o equilíbrio
entre sustentar nosso desejo
e identificar as situações nas quais é preciso abrir mão.
Reivindicar o coração que é nosso por direito,
ou aceitar as limitações, desistindo de ter razão.
Mas jamais, nunca, cobrar o que se dá de graça,
o que é semeado no vento*,
que Drummond* chamou de amor.
E diante do fim que não aconteceu,
a surpresa feliz do reencontro com o eu,
na hipótese de que o amor próprio,
nome usado para traduzir o desafio
de se lançar sem se esquecer e se entregar sem se perder,
permita ao meu coração continuar amando você.
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Era dia de despedida.
Era para acabar o que só começou
antes de amadurecer e virar realmente...amor.
Mas esqueceram-se de quão surpreendente
costuma ser não o amor, mas a vida.
De repente a lucidez e então a certeza
de que haviam outras coisas precisando acabar.
Não a relação, o afeto, a entrega.
Mas a submissão, o esquecimento de quem se é,
o abandono do que se acredita ser essencial
e que por pouco quase se perdeu:
a fidelidade ao que move o ser,
a perseverança aos ideais que alimentam as tentativas,
o respeito a si mesmo em primeiro lugar.
Na tentativa de atender as expectativas alheias,
havia se instalado silenciosamente
a renúncia aos princípios construídos
nas aprendizagens anteriores,
nas relações vividas, por diversas vezes sofridas,
exigindo concessões desnecessárias.
Aprendizagem de que é preciso encontrar o equilíbrio
entre sustentar nosso desejo
e identificar as situações nas quais é preciso abrir mão.
Reivindicar o coração que é nosso por direito,
ou aceitar as limitações, desistindo de ter razão.
Mas jamais, nunca, cobrar o que se dá de graça,
o que é semeado no vento*,
que Drummond* chamou de amor.
E diante do fim que não aconteceu,
a surpresa feliz do reencontro com o eu,
na hipótese de que o amor próprio,
nome usado para traduzir o desafio
de se lançar sem se esquecer e se entregar sem se perder,
permita ao meu coração continuar amando você.
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Ele
Então ele disse, quando ela menos esperava.
Deixou sair as palavras que o coração recitava.
Corajoso, não conteve o suspiro.
Falou firme e doce bem no pé do ouvido.
Desistiu de disfarçar o que sentia.
Ofereceu de presente sonhos e alegria, ela merecia!
Depois disso se ajeitou.
E se entregou.
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Provar da felicidade
“Foi preciso paciência - e um outro tempo -
amadurecendo um fruto para colhê-lo doce, suave,
terno e delicado. Simples como naturalmente é.”
amadurecendo um fruto para colhê-lo doce, suave,
terno e delicado. Simples como naturalmente é.”
Cristiana Guerra
Quero muito e cada vez mais que seja esta a nossa história.
Viver tudo o que temos direito, sem preocupar em ser perfeito,
antes que se transforme em apenas lembrança na memória.
Quero preservar a simplicidade, a cumplicidade, a sinceridade,
e não ter medo de perder, de sofrer...
Quero a entrega despojada e livre que nos devolveu um ao outro,
porque no fundo do meu eu, eu sempre quis esse pedaço seu.
Quero só ser feliz, amor... amor que não é meu, mas que é amor.
Continuar sendo.
Quer ser feliz comigo?
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Verdade escondida
Na hora do amor,
pra onde é que você corre?
pra onde é que você corre?
Na hora da dor,
qual pedaço de você morre?
qual pedaço de você morre?
O que você faz
quando se sente perdida?
quando se sente perdida?
Como encontra o caminho
em direção a saída?
em direção a saída?
Em cada encontro e nas despedidas,
Nas chegadas ou partidas,
Quais sonhos alimentam sua vida?
Sobreviva!
Mas não faça apenas isso com os seus dias.
Descubra antes do fim a sua verdade escondida.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Harmonize-se
Tenhamos paciência com o processo de amadurecimento
daqueles que amamos, mas tenhamos ainda mais conosco.
daqueles que amamos, mas tenhamos ainda mais conosco.
Porque estamos sempre construindo as mudanças em nós, é natural
que em algumas situações prevaleça o sentimento de inadequação.
Entretanto, o cuidado com o outro aliado ao amor próprio
precisam ser maiores.
O amor nos coloca de frente com as nossas limitações.
Mas é justamente no encontro despojado e verdadeiro
que aprendemos a cuidar das nossas fragilidades,
sem contudo nos submeter a elas.
Na oferta recíproca de nossos afetos se dá a descoberta
do melhor de quem somos e de quem ainda seremos.
A cumplicidade e a entrega generosa e sincera
inauguram novas possibilidades de harmonia.
inauguram novas possibilidades de harmonia.
domingo, 2 de outubro de 2011
Outubro
Quando dei por mim outro mês chegou,
e o amor me disse que era um novo dia.
e o amor me disse que era um novo dia.
Foi assim que outubro começou,
trazendo versos, sons, e a sua companhia.
trazendo versos, sons, e a sua companhia.
Inaugurou enfim a primavera
que não aceitou setembro para acontecer.
E o meu coração, sereno e leve,
permitiu-se ao lado do seu florescer!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Preservação
Não anseio mais, mas não aceito menos.
Busco simplesmente preservar o que temos.
Quero esse pedaço de você inteiro
que é um quase tudo pra matar a minha sede
em muitos dos meus dias.
Quero fazer nossas a minha paz e a sua alegria.
Quero o meu melhor e o seu melhor de mãos dadas.
Acordar todos os dias inspirada.
Fazer a eternidade, não pensar no fim.
E ter você o mais perto possível de mim.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Do jeito deles
Não foi coisa do primeiro olhar,
nem consequência do tocar.
nem consequência do tocar.
Quando aceitaram se mostrar verdadeiramente
como eram, então aconteceu o gostar.
como eram, então aconteceu o gostar.
O jeito dele olhar dizia, muito mais
que as palavras pronunciadas,
que as palavras pronunciadas,
Que ao descobri-la quis que ela fosse
para sempre a sua namorada.
para sempre a sua namorada.
Ele deu-lhe asas
que ela usou para voar e se libertar.
que ela usou para voar e se libertar.
Ela deu-lhe espelhos
onde ele pode se ver, se encontrar e se gostar.
onde ele pode se ver, se encontrar e se gostar.
Ela gostava de amar.
Ele gostava da vida.
Ela olhava pra frente.
Ele sempre tinha uma saída.
Ele raptou seu coração, a pegou no colo,
e tentou cuidar, uma a uma, das suas emoções.
Ela lhe estendeu a mão, fecundou seus ouvidos com palavras doces
e guardou no abraço todas as suas ilusões.
Viviam tudo com intensidade,
nem sempre com lucidez,
nem sempre com lucidez,
e se ajudavam a crescer,
superando os obstáculos um por vez.
superando os obstáculos um por vez.
Não sabiam para onde iam,
nem quanto tempo tinham juntos.
nem quanto tempo tinham juntos.
Mas se permitiam saborear o amor...
eterno em cada minuto!
eterno em cada minuto!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Receita de amor leve
O jeito mais respeitoso, delicado, singelo, bonito, de viver um amor, embora não fácil, é libertando. Multiplique os bons momentos, ensaie as palavras ainda não ditas, renove os gestos de carinho e cumplicidade. Valorize as intenções mais que as ações, abra-se para o imprevisto, e desista de querer ter o controle de tudo, já que qualquer tentativa para tal será frustrada, o que pode gerar mais dor do que a necessária para lembrarmos que estamos vivos. Apegue-se aos bons sentimentos, afaste os maus pensamentos, drible a insegurança e preserve uma única verdade: nem sempre é preciso tanto barulho para ser feliz. Relaxe e se permita ser amado. E se quiser fazer um pouco mais que isso, se achar que pode dar mais um passo, tome consciência da liberdade intrínseca de cada um. Aceite que por mais que você se mobilize, algumas coisas vão fugir dos seus olhos, dos seus ouvidos e das suas mãos. Convença-se de que não há como engaiolar o amor, muito menos o amado, nem mesmo dentro dos nossos sonhos mais belos. E sabe-se lá se isso fosse possível se eles continuariam belos...
Respeite o direito do outro de ir, quando precisar; e vir, quando desejar,
Respeite o direito do outro de ir, quando precisar; e vir, quando desejar,
ao perceber que a vida é melhor perto de você.
Permita a entrega sincera e leve de quem não te pertence,
mas te escolhe a cada novo dia, cada nova situação, a despeito disso.
O outro não precisa ser o inferno só porque você descobriu que ele não é o paraíso.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Amor maior de idade
Quando o tempo os separou
(porque já haviam aprendido o que deviam um com o outro),
ele era melhor por dentro, ela era melhor por fora.
Ambos queriam mais de si e da vida agora.
Prometeram multiplicar o bem que um ao outro fizeram.
E seguiram espalhando este amor...o que fez dele... eterno!...
Cada um do seu jeito, no seu tempo, em seu espaço,
buscou ser fiel à sua verdade.
Ela tão dona de si, ele tão entregue pro mundo,
foram em busca do que chamaram de maturidade.
E o amor ampliado, alargado, exagerado,
deu-se conta de que havia ficado... "maior de idade".
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Felicidade matutina
Nos dias que sucedem aqueles em que podemos
ser um do outro, eu acordo assim, em paz.
Eu te quero tanto, e nesses dias te sinto
tão mais um pouco meu, que sem fazer força
minha inquietação repousa.
Então eu abraço esse amor verdadeiro e leve,
abro os braços para te acolher.
Um amor que não quer ser breve,
quer te escolher e te merecer.
Arrisco, persisto escutando o que o coração diz.
Saboreio o que temos, valorizo o que somos,
e aceito ser, simplesmente... FELIZ!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Sonho
Gestos, jeitos, palavras.
Versos, beijos, risadas.
Dou-me conta da imprevisibilidade
E faço as pazes com ela.
Não controlo, acontece.
Insegurança vira cuidado.
Medo vira prece.
Abro a janela para o amor entrar.
Estou sonhando e não quero acordar.
domingo, 4 de setembro de 2011
Hoje meu nome é Tristeza
E por isso, só por tudo isso,
Não me venha com carícias, desculpas, surpresas.
Não me lembre os erros, as faltas, a pouca leveza.
Não pronuncie palavras nem declare amores desleais.
Não faça cobranças, nem ressuscite lembranças que não sejam reais.
Não me olhe com desapontamento e eu retribuirei não olhando para trás.
Não me julgue por um momento,
eu sou muitas e com todas já fiz as pazes.
Aceite o que o meu coração está dizendo,
eu preciso de novos ares.
E ele sabe do que se trata,
porque já atravessou muitas fases.
Eu nasci para o risco, a entrega, não me contento em olhar do cais.
Quero o mar revolto, as ondas vindo e indo, aprender seus sinais.
Quero mergulhar de cabeça nesse mar que me chama!...
Quero o cheiro do sal no corpo, quero mais do que mesa e cama.
Quero corpo e alma se entregando a natureza,
Não ter controle sobre ela, admirar sua beleza.
Beleza na simetria, na cumplicidade, na integração entre os seres.
Beleza nas lições para a humanidade ininterrúpitas vezes.
Quero de novo o assombro
diante da vida, da música, da poesia,
Quero acima de tudo a alegria!
O coração livre permitindo-se uma inspiração sem fim,
E as gentes todas com corações delicados
o mais perto possível de mim!
Eu preciso me reconectar com o Universo.
Com meu eu regresso, com meus próprios versos.
Me deixe só que a solidão me refaz.
Me deixe quieta que eu preciso paz.
Não me venha com carícias, desculpas, surpresas.
Não me lembre os erros, as faltas, a pouca leveza.
Não pronuncie palavras nem declare amores desleais.
Não faça cobranças, nem ressuscite lembranças que não sejam reais.
Não me olhe com desapontamento e eu retribuirei não olhando para trás.
Não me julgue por um momento,
eu sou muitas e com todas já fiz as pazes.
Aceite o que o meu coração está dizendo,
eu preciso de novos ares.
E ele sabe do que se trata,
porque já atravessou muitas fases.
Eu nasci para o risco, a entrega, não me contento em olhar do cais.
Quero o mar revolto, as ondas vindo e indo, aprender seus sinais.
Quero mergulhar de cabeça nesse mar que me chama!...
Quero o cheiro do sal no corpo, quero mais do que mesa e cama.
Quero corpo e alma se entregando a natureza,
Não ter controle sobre ela, admirar sua beleza.
Beleza na simetria, na cumplicidade, na integração entre os seres.
Beleza nas lições para a humanidade ininterrúpitas vezes.
Quero de novo o assombro
diante da vida, da música, da poesia,
Quero acima de tudo a alegria!
O coração livre permitindo-se uma inspiração sem fim,
E as gentes todas com corações delicados
o mais perto possível de mim!
Eu preciso me reconectar com o Universo.
Com meu eu regresso, com meus próprios versos.
Me deixe só que a solidão me refaz.
Me deixe quieta que eu preciso paz.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Do que você é capaz
Talvez o motivo do assombro e do encantamento do presente
seja justamente a aceitação que o precedeu.
Ou talvez seja simplesmente amor que não se explica,
que dá novo sentido à vida, que é maior do que eu.
Você diz que eu não sei das coisas,
que não sei dos seus momentos de loucura.
E você tem quase razão...
Só que o que eu não sabia era do que você é capaz
quando escuta e obedece seu coração!
seja justamente a aceitação que o precedeu.
Ou talvez seja simplesmente amor que não se explica,
que dá novo sentido à vida, que é maior do que eu.
Você diz que eu não sei das coisas,
que não sei dos seus momentos de loucura.
E você tem quase razão...
Só que o que eu não sabia era do que você é capaz
quando escuta e obedece seu coração!
domingo, 28 de agosto de 2011
Escolhas
Fora de mim o mundo está em erupção.
Mas não é preciso que seja assim
dentro do meu coração.
No meio dessa emergente confusão e
independente das pressões que geram
a submissão, eu escolho passar bem.
Eu escolho a libertação.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Vida, amor e tempo
Quando penso na vida, ela se apresenta para mim longa.
Longa de tanto o que há por fazer...
Longa porque nos exige recomeçar sempre...
Longa porque quando vencemos um desafio, outro logo aparece...
Longa porque requer planejar, viver e avaliar...
Longa porque há ainda tantos anos,
E em cada um deles os tais 12 meses, com seus dias de 24 horas...
Por isso a necessidade de preenchê-los da melhor maneira,
Para que a vida (longa) tenha sentido...
Para que no final tenha valido a pena!
Mas quando penso no amor...
Ahhh... Todo o tempo do mundo me parece pouco!
Uma hora passada a seu lado voa... Meu Deus, nada mais é coisa a toa!
Tudo tem um significado novo, doce, bom,
Que me faz querer parar o relógio e com ele o tempo.
Para eternizar cada momento, para viver com intensidade este sentimento.
É muito desejo de fazer o bem e de me permitir ser cuidada,
E um certo receio de não dar tempo, de fazer ou dizer as coisas erradas...
Todo o tempo que nos resta,
Mesmo sem saber em quanto ele consiste exatamente,
Parece para mim muito menos do que eu gostaria de ter
Para "aprender, ensinar e me libertar" junto com você!
Mas seja esse tempo o quanto for,
Vou preenchê-lo todinho... ...de AMOR!
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Amor engrandece
Dentre as coisas lindas que o amor faz
Preservo a alegria dos encontros que trazem paz...
...e que tornam a busca pelos sonhos mais colorida.
...e que tornam a busca pelos sonhos mais colorida.
Amor que é amor não machuca, engrandece.
A dor, aos sinais de cumplicidade desaparece...
...e dá lugar a uma espera atrevida.
...e dá lugar a uma espera atrevida.
Por isso sigo amando você
Aprendendo a me doar sem me perder...
...e saboreando a fruta permitida.
...e saboreando a fruta permitida.
Entregue, escuto o que o amor diz no silêncio
Aceito as lições oferecidas pelo tempo...
...e não procuro mais uma saída.
...e não procuro mais uma saída.
Cautelosa mas feliz estendo as mãos
Decidida a não causar sequer um arranhão em seu coração...
...e muito menos em sua vida!
...e muito menos em sua vida!
domingo, 14 de agosto de 2011
Possibilidades
Se eu não quiser morrer em vida
Terei de fazer os movimentos da borboleta
Muito embora o temor pelo tempo do casulo
Nos incentive a continuar lagartas.
O belo de viver
é acreditar naquilo
que podemos ser
que podemos ser
E a perseverança nada mais é
que a fidelidade
que a fidelidade
às possibilidades
que dormem silenciosas em nós.
que dormem silenciosas em nós.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Em que eu penso afinal quando penso em você?
Penso em encontro, mãos que se doam,
Respeito, cuidado, ternura, sintonia.
Penso em cumplicidade, pássaros em voo,
Em desejo, prazer e simetria.
Penso nas interrogações e nas possibilidades,
Vislumbro momentos que nem sonhei um dia.
Equaciono medos, sonhos, vontades,
Dois inteiros numa soma de ousadia.
Seu amor é o abraço que meus braços procuram.
O espaço preservado no qual me sinto em harmonia.
O refúgio perfeito sem ter de ser seguro.
A música preferida, o livro de cabeceira, a mais bela poesia.
Meu pensamento primeiro pela manhã.
Sem ser carnaval, coração em ritmo de folia.
Desprendimento com o ontem ou com o amanhã.
Viver o presente transbordando de alegria!
domingo, 7 de agosto de 2011
Sentimento de criança
E na hora da despedida ele disse:
_ Sinal vermelho!
_ Como assim?
_ Pra você não ir embora de mim...
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Ponteiros
por que é que as horas se arrastam
depois que eu te vejo?!?
o tempo não passa
para o meu desejo.
(ou o que não passa
é o meu desejo?!?)
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Amor Maiúsculo
Abre sorrisos do nada.
Conversa com animais e acredita em fadas.
Acredite também que ele cola ao seu lado.
E cura qualquer coração amargurado.
Te olha de soslaio no início, meio ressabiado.
Mas poucas coisas o deixam realmente assustado.
Tem um jeito de detectar logo de cara
Os que como ele têm sensibilidade e alma rara.
Diante de um convite sincero se entrega.
Gargalha, pula, rola, navega...
Conquista fazendo carinho.
E também quando quer, charminho.
Não é apenas curioso, criativo e amigo.
Olha nos olhos como poucos meninos...
Olha nos olhos como poucos meninos...
Adivinhou meu segredo: disse meu nome no diminutivo.
E travou de vez cumplicidade comigo!
Na minha vida ele é um pedacinho do céu.
E seu nome é... Theo!
domingo, 31 de julho de 2011
Amor homeopático
Amanhecer pensando em quem se ama é bom.
Mesmo que seja um amor em doses homeopáticas...
Mas nem por isso menos intenso
Ou menos capaz de fazer o bem.
Amor assim é remédio sem efeitos colaterais.
É fato que precisa-se de muitas doses até a cura,
E que desde a primeira, sua ação é no ser por inteiro.
Mas não se engane:
É nos pensamentos que ele age primeiro!
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Algumas mulheres
"Talvez algumas mulheres não possam ser domadas.
Talvez elas tenham que correr livres, selvagens,
até encontrarem alguém tão selvagem quanto elas,
para correrem juntos."
Talvez elas tenham que correr livres, selvagens,
até encontrarem alguém tão selvagem quanto elas,
para correrem juntos."
Carrie Bradshaw
Onde estará este outro selvagem? Poderei achá-lo?
Encontrei-o e o perdi? Deixei que escorresse por minhas mãos?
O tenho por perto e não o reconheço?
Ou nos braços e não posso tê-lo?
Talvez nos sonhos, onde procuro mantê-lo,
por falta de coragem para correr ao seu lado, por medo?!?
Pode ser que eu queira simplesmente não perder a possibilidade
de correr livre, e ainda para ser completo, acompanhada.
de correr livre, e ainda para ser completo, acompanhada.
Mas essas coisas são possíveis?
Ou só existem no campo das ideias?
Ou só existem no campo das ideias?
Serei mesmo a selvagem que eu gostaria,
como me configurei simbolicamente?
Ou sem perceber tenho me deixado domesticar
em troca de afeto e aceitação?
E se há domesticação, pode-se falar em aceitação?
De novo dou voltas mas o que quero simplesmente é amor.
E o quero de maneira que nada impeça-lhe de correr
livre e solto nas direções que o coração nos levar.
Amor que se desenvolva em terrenos mágicos...
Que seja sinceridade e mistério ao mesmo tempo.
Onde pouco se explique ou racionalize,
mas que se desmanche e deslize...
mas que se desmanche e deslize...
Desmanche as dores.
Deslize por uma diversidade de sabores.
E ao provar desta alegria,
estarei em paz com a minha selvageria.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Dor Boa
Como algo tão suave pode doer?
Ainda não sei explicar.
É algo assim como uma dor boa...
Que te coloca em sintonia consigo mesmo.
Então você encontra o seu eu de novo.
Percebendo as emoções em seu sentido primeiro.
Mal acostumados com o jogo,
Nem parece que é verdadeiro.
Mas dói de tanto que é!...
Uma dor que pede para ser sentida,
Uma dor quase um sonho, uma dor sem lugar...
Mas não, é realidade.
Na medida em que consigo suportar.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Para você
Não, não pense que vou dizer que eu não sou a peça que faltava, ou o jardim do paraíso, porque, pelos afetos todos que têm nos afetado, pelas emoções não nomeáveis, pelos pensamentos sem rédeas, pelos encontros não visíveis, que acontecem sem que percebamos quando nos pegamos pensando em nós, mesmo não estando juntos; e muito também pelos encontros visíveis reais e palpáveis, de pele, de sonhos e medos, de versos, desejos, canções e segredos, de carinho e cuidado e gentilezas sem fim; por tudo o que tem sido vivido, e por tudo o que ainda vamos viver, por sermos melhores um para o outro a cada dia enfim, então eu preciso dizer-lhe que isto traduz exatamente o que eu gostaria de ser. Mesmo reconhecendo as minhas imperfeições, e a distância que existe entre o meu eu real e este eu idealizado, inteiramente conectado com o qual sonhamos todos, e mesmo sabendo que ninguém é tudo isso para ninguém, saiba que eu persisto procurando ser, para você.
domingo, 24 de julho de 2011
Chovendo
O dia amanheceu chovendo.
E minha alma também.
Uma pulsão me empurra para fora,
Mas eu me enclausuro aqui dentro.
Dentro das mesmas perguntas.
Dentro das mesmas ausências.
Dentro do meu desalento.
Do cansaço de se dar sempre sem reservas,
E ainda assim não conseguir
saber quem se é.
saber quem se é.
Soube um dia?
Receber
"A solidão é um campo demasiado amplo para ser atravessado a sós..." Lya Luft
Hoje preciso de sussurros no ouvido, dizendo que não estou só sozinha. De um abraço apertado, longo, demorado, de um beijo na testa, e muitos beijinhos na alma, de uma mão em meus cabelos, sentindo-a vagarosamente, e de ficar em silêncio. Preciso de olhos nos olhos, tranquilos e serenos, de recostar a cabeça em um peito que me entenda e me aceite, e não me faça perguntas, mas faça meu corpo se desmanchar em seu colo de paz. Preciso enxergar em algum semblante e perceber nas palavras de alguém que o meu vazio pode ser compartilhado, e as minhas buscas todas terem pausa nos cuidados, nos simples gestos de amparo que eu preciso e mereço receber.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Eu
Sou leve.
Carrego comigo o desejo de ser e fazer feliz.
E me basta.
E me basta.
Sou simples.
Não tenho pretensões
As quais você não possa alcançar.
As quais você não possa alcançar.
Sei reconhecer uma entrega e o mais importante,
Sei amar.
Sei amar.
Sou forte.
Já lutei em batalhas que você nem imagina,
E pra falar a verdade, não preciso mais me testar.
Já provei minha coragem e ousadia,
E agora só quero a alegria.
Estado líquido
Agora quando abro a torneira, é uma cachoeira.
Mas não me entorno com essa água toda que derramo...
É só amor em estado líquido!
Sou eu me reerguendo, me refazendo, reconstruindo.
Acho que minha vida gira mesmo é em torno disso:
Amor e Reconstrução.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Insônia
Amanhã, ou melhor, hoje, vou dormir o dia todo. Mas antes vou me acordar pela madrugada. Sinto demais, numa proporção estranha se comparado ao que penso, e ainda assim anoiteço, estremeço, enlouqueço, amanheço, desfaleço. Entre sustos, perdas, medos, a alegria da vida! São assim os dias. E as noites: incoerentes como eu.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Do que eu quero
É do teu sorriso que eu tô querendo um pedaço,
e uma parte dos seus sonhos também,
e sua voz cantando no meu ouvido,
e esse cheiro seu que não precisa de perfume,
e o seu jeito meio sem jeito de me olhar com desejo.
E olha, bem que eu queria também tua mão misturada na minha,
e minha cabeça recostada em teu peito,
queria um abraço sem fim em minutos intermináveis
da gente se olhando, se lendo, se tocando, se querendo, se amando...
Eu tô querendo mesmo é te achar de novo
e me perder mais uma vez em você,
e me perder mais uma vez em você,
porque só quando você se joga em meu inteiro domínio
e eu me distraio em seus braços
e eu me distraio em seus braços
é que a gente se percebe exatamente como é.
Ou melhor que isso, exatamente como quer ser.
.
.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Estrada de chão
Há um pedaço de estrada de chão dentro de mim.
Quando o atravesso, o movimento levanta poeira
E meu corpo sacode.
Dá mais trabalho viajar assim.
Mas são nesses trajetos que o coração explode.
O olhar se torna mais doce e cuidadoso,
Descobre-se as mais belas paisagens.
E eu me apaixono não mais pelo destino,
Mas pelas viagens!
domingo, 10 de julho de 2011
Tem hora
Tem hora que parece que o coração vai desabotoar,
e dele saltar o que estava guardado a sete chaves,
a duras lágrimas, a lutas insanas e inconscientes.
Tem hora que o amor mostra a que veio,
e o que realmente é capaz de fazer em nossa vida.
Tem hora que o incerto fica claro, mesmo continuando incerto,
e o presente fica raro,
e não se pode mais abrir mão do sentimento tão perto.
Tem hora que não há escolha:
ou nos abrimos por legítima vontade
ou a vida nos abre a força.
domingo, 3 de julho de 2011
Amor pega
Amanheci lotada de amor. Abarrotada, inundada, tanto que não cabia em mim, saltava aos olhos. E disse sim sem hesitar, com uma segurança nas palavras que não era minha, uma certeza de que era o certo a ser feito, certeza tão certa que definitivamente não sei de onde a tirei. Foi mais para dentro e menos pra fora que olhei. Estarei enlouquecendo? Ou agora é que me curei?
Por enquanto o que sei é que com tanto amor no peito e ausência de explicações no coração, ele, este companheiro de sempre, sorri para mim. Bate palmas porque me vê inteira nesta história. Aberta. Tranquila. Vivendo o que canto e cantando o que vivo.
Por isso, se não quiser se envolver fique longe.
É contagiante e contagioso o que estou sentindo. Pega.
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