"Talvez algumas mulheres não possam ser domadas.
Talvez elas tenham que correr livres, selvagens,
até encontrarem alguém tão selvagem quanto elas,
para correrem juntos."
Carrie Bradshaw
Onde estará este outro selvagem? Poderei achá-lo?
Encontrei-o e o perdi? Deixei que escorresse por minhas mãos?
O tenho por perto e não o reconheço?
Ou nos braços e não posso tê-lo?
Talvez nos sonhos, onde procuro mantê-lo,
por falta de coragem para correr ao seu lado, por medo?!?
Pode ser que eu queira simplesmente não perder a possibilidade
de correr livre, e ainda para ser completo, acompanhada.
Mas essas coisas são possíveis?
Ou só existem no campo das ideias?
Serei mesmo a selvagem que eu gostaria,
como me configurei simbolicamente?
Ou sem perceber tenho me deixado domesticar
em troca de afeto e aceitação?
E se há domesticação, pode-se falar em aceitação?
De novo dou voltas mas o que quero simplesmente é amor.
E o quero de maneira que nada impeça-lhe de correr
livre e solto nas direções que o coração nos levar.
Amor que se desenvolva em terrenos mágicos...
Que seja sinceridade e mistério ao mesmo tempo.
Onde pouco se explique ou racionalize,
mas que se desmanche e deslize...
Desmanche as dores.
Deslize por uma diversidade de sabores.
E ao provar desta alegria,
estarei em paz com a minha selvageria.