UMA PAUSA NA RAZÃO E MEU DESCANSO NA LOUCURA

terça-feira, 17 de maio de 2011

Diz


Diz que não, que não é bem assim, que não chegamos ao fim, que foi tudo um engano, um mal entendido, um desencontro. Diz que saiu por aí e ao procurar-me esqueceu o caminho, esqueceu o segredo, nosso segredo, e se perdeu. Mas que agora está voltando, recordando, procurando, encontrando. Diz que não desistiu, que se distraiu, mas que está de volta pra mim. Que traz o coração nas mãos e as mãos estendidas assim, abertas, sinceras, despertas... Que está leve de novo e de novo me precisa para ter sentido, pra fazer de abrigo, pra se completar. Diz.

 

domingo, 15 de maio de 2011

Longe de você

Então aquele susto, aquele nó na garganta, aquele medo do desconhecido, aquele eu incerto de novo se materializando em meus pensamentos. Não que eu já não tivesse passado por essa experiência, e nem que já não tenha aprendido que tudo o que realmente vale a pena geralmente nessa vida é provisório, e nem é apenas a décima vez que me tiram o chão, as certezas, a segurança para eu ficar tão abalada assim, mas independente de tudo isso, e da minha mania incorrigível de fingir manter a calma, ainda e apesar de eu ser assim tão inconstante e ter pensamentos, sentimentos e humor oscilantes, fato é que mais uma vez me sinto desprotegida. Essa sensação me tira o sono, vai crescendo crescendo e de insônia vira ansiedade e de ansiedade desespero, e daí melancolia, tristeza, saudade, tudo misturado. É que com a sua partida vai embora também uma parte da construção de mim mesma que levou tempo para se concretizar. E mesmo sabendo que esta é uma tarefa que não termina nunca, me parece difícil continuar. Não sei nada, e ao mesmo tempo sei tudo. Fui escolhida para saber, mas quem dera não ter o que saber! Quem dera não ter que acontecer... Quem dera eu não ter que lidar com essas coisas de ir e vir, de chegar ou partir, de despedir. Sim, eu sei, mais uma vez a vida me provoca, me cutuca, me convoca, não me deixa acomodar. Mas eu prossigo insistindo que não era para eu estar nesse lugar. Eu, que demoro tanto para encontrar lugares seguros, que resisto tanto a aceitar refúgios, que levo a sério essa história de me envolver... Eu, que aprendi a amar você!

E esse tempo todo eu fui eu mesma, 
mesmo quando não quis ver. 
E pude expressar, sem reservas, 
todos os meus jeitos de ser. 
Agora, longe de você, serei o quê?

sábado, 7 de maio de 2011

Meu SIM!

Faxina interna, limpeza geral.
Todo fim é um começo.
Neste caso, recomeço de mim mesma,
Da história que não quero desistir de escrever.

Vasculhei as palavras esquecidas
Que poderiam ajudar-me na reescrita deste sim.
Joguei fora as ilusões desmedidas
Que acabariam por afastar-me do que é realmente bom para mim.

Reencontrei meus sonhos secretos.
Os realizados, e os quase abandonados.
Assumi meus desejos mais complexos,
Dilacerados pelo receio de acreditar no incerto.
Meu querer viver.
Meu sonho de ser feliz com você.

E mesmo cercada de vozes internas dizendo
Que não é possível,
Que não é viável,
Que não tem futuro,
Que não será estável...

O que sei é que nos seus olhos eu revi o melhor de mim
Misturado a esse novo você:
Firme, seguro, tranquilo.
Sereno, consciente, decidido.
Inexplicavelmente parceiro.
Como nunca pensei te encontrar.

Me ajudando a significar minha existência.
Me recordando sobre a minha essência.

Você sabe da minha inconstância.
Conhece as minhas fraquezas.
Convive com minha vertente insana.
E ainda assim me aceita, me acolhe, me respeita, me ama!