Quando a dor começa de novo
E de novo e de novo vai se inflamando até meu peito inchar,
Quando não sei mais onde procurar,
Paro de correr e tento me escutar.
Se por acaso o que escuto faz meu corpo se alegrar
E o coração pulsar,
Se me devolve o brilho no olhar,
Então me recordo que posso recomeçar.
Mas nem sempre consigo essa sensação encontrar.
A ansiedade é minha companheira há tempos,
E impede a paz de se aproximar.
E o meu corpo confuso tem pressa de chegar a algum lugar.
Pressa de entender os processos,
Aliviar o peso da bagagem,
E seguir a estrada leve,
Com coragem.
Ele não sabe direito que lugar é esse.
Não consegue vislumbrar o fim do caminho.
Segue sozinho, procurando se achar,
Sem saber sequer onde foi que se perdeu,
Sem saber ao menos onde foi que deixou de ser eu.